Sempre me fez uma certa confusão não sentir grande estima pela altura do ano em que nasci. Mas sempre soube muito conscientemente identificar os porquês dessa falta de empatia com o mês de Agosto – a sua quietude.
Fui sempre muito dependente de sentir movimento à minha volta. Os inícios, os recomeços, as renovações, as mudanças, as pequenas e as grandes coisas a acontecerem. Disto sempre se alimentou o meu espírito. E por isso, os preparativos, os burburinhos, os fazeres e até mesmo as rotinas no seu curso animam-me e entusiasmam desde que me conheço.
Hoje, reparo que a idade têm-me ensinado, lentamente, que saber dosear e intercalar os momentos de colcheias e semifusas com os períodos de mínimas, breves e semibreves é uma aprendizagem que me faz falta. Porque o ritmo lento desta altura é uma necessidade para todos e é também um privilégio quando se pode usufruir e aproveitar.
[ Créditos Imagem | manhãs perfeitas ]
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