domingo, 24 de abril de 2016

Expectativas ou o sonho que comanda a vida







Nas minhas rotinas costumo encontrar-me em trânsito todos os dias ali entre as 16 e as 17 horas da tarde. Normalmente ando com o rádio ligado e frequentemente sintonizado na TSF. Por essa hora é habitual ouvir uma das edições diárias do programa Pensamento Cruzado, de Mésicles Helin com a psicóloga Margarida Cordo e o psiquiatra Vìtor Cotovio. Há cerca de duas semanas, de 4 a 8 de abril, o tema dos programas andou à volta das expectativas que todos temos na vida, com abordagens sob diferentes perspectivas. E se este programa me interessa de forma geral, durante essa semana ele teve o especial sentido da oportunidade na minha vida por esses dias. Parecia encomendado para mim :)



Este é um tema que se instalou nos meus diálogos comigo mesma há muito tempo, desde sempre em relação a mim própria e mais recentemente também nas conversas que vou tendo com o meu filho T. E se se pode dizer que este assunto não é fácil de ir resolvendo connosco, mais difícil se torna quando começamos a abordá-lo com um filho em plena pré-adolescência.

Cada Pensamento Cruzado na TSF dura apenas uns muito breves 4 ou 5 minutos, mas apesar da complexidade dos temas, é sempre possível retirar algumas ideias úteis para pensar e fazer depois uma reflexão pessoal mais profícua.

1. Perceber e distinguir aquelas que são as expectativas desejadas das que são realmente possíveis é um passo muito importante para não cairmos na frustração. Para isso é necessário conhecer bem as nossas competências e qualidades para antecipar que possibilidade de sucesso poderão ter as expectativas que colocamos nelas. É no equilíbrio entre as competências e a dimensão do desafio que reside a chave para o êxito das nossas expectativas.

2. Tem de haver uma distância temporal entre o querer e o ter, um espaço entre o desejo e a sua gratificação, porque esse tempo é fundamental para gerir a emoção. Lidar com alguma frustração na caminhada para atingir um determinado objetivo significa adiar a gratificação, ou seja, criar resiliência. E esse é outro fator crítico para o sucesso das nossas expectativas: aprender a esperar sem perder ou destruir os nossos próprios sonhos.

3. Quando se trata de expectativas no campo do trabalho importa perceber que ao contrário do que acontecia no passado, não existe hoje uma ideia de carreira já traçada ou definida. Espera-se, por isso, de cada um de nós criatividade, esforço, empenho e iniciativa para propor e fazer o seu próprio percurso, sendo fundamental saber gerir a incerteza e a ausência de garantias que isso implica. Perceber esta mudança e definir as nossas expectativas neste novo contexto será certamente uma boa ajuda para definirmos melhores e mais realizáveis expectativas.

Ao longo da nossa vida percorremos um longo caminho de autoconhecimento que nos vai despertando para as expectativas que temos e para os objetivos que pretendemos alcançar sem que nunca nos distanciemos de quem somos e do que realmente somos capazes. E seremos SEMPRE mais felizes se nos concentrarmos na atitude, no empenho e no esforço como a parte mais importante do caminho que nos aproximará dos nossos sonhos.

Como sempre, a caixa de mensagens deste blogue está aberta para partilha de ideias e é já aí em baixo :)

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